Luto: é preciso respeitá-lo e reaprender a viver

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A fase do luto é uma experiência que faz parte da caminhada de qualquer pessoa em algum momento de sua vida. O primeiro pensamento (errado) que geralmente muitas pessoas tem é o de que precisam “esquecer ou superar” o que aconteceu. Quando na verdade o que precisa ser feito é o aprendizado de aceitação que a perda aconteceu. E no segundo momento aprender a lidar e viver com ela daqui em diante. Não se trata de um processo fácil, pelo contrário, é extremamente doloroso, mas é possível passar por ele.

A tristeza é um sentimento natural e é completamente saudável que ela esteja presente nessa fase da vida, que precisa ser respeitada. Não é para ser visto como algum ruim ou que deva ser medicado ou tratado, exceto nos casos em que esse sentimento perdura por muito tempo de forma a paralisar e impedir que a vida da pessoa continue seguindo a diante. Nesses casos procurar a ajuda de um profissional especializado é fundamental. O psicólogo poderá ajudar nesse momento difícil da vida.

É importante que, com o passar do tempo, esse sentimento de tristeza profunda possa abrir portas para uma visitação às memórias da pessoa querida que foi perdida, das vivências que tiveram juntos e das partilhas que tiveram ao longo da vida. Quanto mais positivo forem os significados atribuídos a toda essa viagem que juntos puderam realizar, mais saudável e menos doloroso irá se tornando o processo do luto.

Algumas fases como a negação, o isolamento, a raiva, a desorganização, o desespero, a aceitação, o desamparo e a solidão podem estar presentes nesse contexto das perdas. É essencial que cada pessoa respeite sua dor e tristeza. Perder alguém não é apenas uma fase complicada que pode perturbar a vida no momento presente, mas poderá mudar o seu mundo para sempre.

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Portanto, as memórias do ente querido (que foi perdido) permanecem e com o tempo vão gradativamente se equilibrando com as memórias de vida da própria pessoa, abrindo espaços para a construção da saudade e não só para a presença da dor e do sofrimento. Assim, o individuo vai aprendendo a ressignificar- se diante da perda sofrida e a lidar com essa ausência e adversidade, podendo encontrar novos sentidos e caminhos diante de sua vida.

 

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